Das ruas para o lar

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Marcela Munhoz

Confesso. Sou daquelas que sentem vontade de levar para casa todos os animais abandonados que veem. Já sonhei morar em local com terreno enorme para cuidar de todos. Mas meu apartamento, de 60 m², me restringe. Além disso, minha vira-lata Gilda já domina os cantinhos. Para quem não sabe, ela foi adotada há dois anos. Chegou após cuidadora, que chamo de anjo da guarda, postar sua charmosa foto no Facebook.

Quando levamos Gilda para casa, com dois meses, ela estava muito bem tratada, com ração adequada e remédios específicos, importantes para os primeiros dias de vida. Todo esse carinho fez a diferença para salvar a vida dela, que nasceu bem pequenina. Hoje está forte, saudável e feliz – acompanhe seus cliques no Instagram @gilda_lata. É por essas e outras que admiro o trabalho dos cuidadores e de ONGs que conseguem dar nova vida aos bichinhos, na maioria das vezes, com recursos próprios.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), hoje no Brasil são 20 milhões de cachorros e 10 milhões de gatos abandonados. Muitos já nascem nas ruas, outros – pasmem – são largados pelos donos à própria sorte. Entre as principais desculpas estão que o animal destrói e suja a casa, requer muita atenção, late ou uiva muito, morde, é desobediente e ativo demais.  Um pet solto na rua vive, em média, dois anos. Já se bem cuidado pode chegar até 15.

Se você tem vontade de resgatar, é importante que siga instruções para que a adaptação ao lar seja benfeita e sem traumas. De acordo com Marcio Barboza, veterinário e gerente técnico Pet da MSD Saúde Animal, a principal ação é avaliar o comportamento do bicho. “Se estiver recluso, vá com calma e avalie se não será necessária a ajuda de outra pessoa. Caso esteja calmo e interagindo, um petisco pode ser oferecido para atraí-lo. Conforme o animal vai se aproximando, tente acariciá-lo. Aos poucos coloque a guia em seu pescoço. Não insista se houver resistência. Esteja preparado com caixas transporte e veículo.”

É essencial também verificar se o pet está machucado ou possui identificação. Pode ser que alguém esteja tentando encontrá-lo. Faça busca no bairro e poste a foto na internet. Enquanto isso, dê comida, água e leve ao veterinário de confiança. Só ele poderá fazer avaliação mais completa. Não apareceu ninguém, comece a acostumá-lo com o novo ambiente. Antes da consulta, porém, não o aproxime de outros animais da casa para evitar contágio de possíveis doenças. Peça indicação de banho e alimentação ao profissional. Dê todas as vacinas e vermifugue. Se ele estiver bem de saúde, tente castrá-lo o mais rápido possível para evitar doenças. Se adotar já é um ato de amor, resgatar é ainda mais incrível.

Quer contar sua história e a de seu bichinho? Mande informações e foto no e-mail marcelamunhoz@dgabc.com.br. Outro caminho é usar a hastag #meupetnodiario no Facebook (jornaldgabc) ou Instagram (@diariodograndeabc). Perdeu o seu? Nós também podemos ajudar. Marque na sua agenda o WhatsApp do Diário: 99612-4764.

Obrigada e até a próxima.




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