Dança ganha domingo especial

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Marcela Munhoz

 A arte do corpo em movimento é extremamente democrática. Quem nunca deu uma dançadinha que atire a primeira sapatilha. Pois hoje, a partir das 11h, São Caetano celebra tudo o que envolve esta cultura, a começar pela dama que dá nome do evento: Toshie Kobayashi. A professora, que morreu em 2016 aos 67 anos, era ícone do balé clássico. Para ela e para todos que vivem para a arte, acontece a Mostra Livre de Dança Nosso Encontro, na Estação Cultura (Rua Serafim Constantino). Serão apresentações com mais de 240 bailarinos de 15 escolas e grupos de dança da cidade, em 34 coreografias diferentes.

O evento, cuja comissão organizadora é composta por integrantes da Escola de Bailado Laura Thomé, Fundação das Artes, da Secretaria e do Conselho Municipal de Cultura, acontece há alguns anos, mas será a primeira vez que a dança será exibida por ‘outros ângulos’. Além das performances, foram programadas aulas abertas, exposição fotográfica e de documentários, além de palestras. Todas as atividades são gratuitas.

“Nossa intenção é, em uma estrutura diferente, incluir não só os bailarinos, mas a família no processo. Não queríamos que os pais, novamente, apenas assistissem às apresentações, levantassem e fossem embora”, explica Sandra Amaral, do grupo que leva seu nome e da Escola Municipal de Bailado.

Segundo ela, além de valorizar e estimular a união dos grupos da cidade, a mostra vai oferecer opções de conhecimento como aulas livres, exposições – do acervo de Toshie Kobayashi – e palestras. Uma delas é com dicas para quem está prestes a usar a primeira sapatilha de ponta (às 14h35) e a outra é sobre medicina aplica à dança (às 16h15). O artista Bernardo Furlaneto vai retratar modelos ao vivo com seu desenho realista. “Sem contar que lembrar da Toshie é sempre importante”, ressalta Sandra.

GRANDE PARTICIPAÇÃO
A mostra também terá papo para lá de significativo, a partir das 12h30. O ator e bailarino Paulo Goulart Filho fala sobre as possibilidades de quem escolhe a arte para a vida. “Achei incrível a iniciativa da mostra, além de ser mais uma chance para o bailarino mostrar seu trabalho no palco. Às vezes, fica mais em sala de aula do que dançando”, analisa.

Ele se formou em Educação Física em São Caetano e migrou da ginástica olímpica para a dança, o que foi diferencial na sua carreira de ator. “No bate-papo vou falar sobre o quanto é importante o bailarino estar sempre preparado, ainda mais com o enorme mercado de musicais no Brasil. O profissional da dança, assim como o da dramaturgia, precisa passar a emoção com o corpo”, diz Paulo, em cartaz no Chaplin, no Espaço Teatral no Complexo do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, até o fim de setembro.

Hoje ele também vai comentar sobre sua experiência como jurado do Dancing Brasil, da Record, que vai para a quarta temporada no mês que vem. “Lá é interessante porque é um programa inteiro sobre dança, não apenas um quadro. Está aí mais uma chance para os bailarinos profissionais”, finaliza.




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