Vitória andreense

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Vinícius Castelli <br>Do Diário do Grande ABC

Santo André já pode pensar a longo prazo o que fará a respeito das políticas culturais da cidade. É que o município passa a contar, a partir de hoje, com um Plano Municipal de Cultura. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) e pela secretária de Cultura Simone Zárate, acompanhados pela secretária adjunta da Pasta, Azê Diniz, e do vice-prefeito Luiz Zacarias (PTB).

O documento, feito com intensa participação da sociedade civil, garante planejamento e ações de cultura para os próximos dez anos. “É um passo cultural importante que damos na cidade. Na região, só São Caetano tem Plano Municipal de Cultura”, disse o prefeito Paulo Serra, que lembrou que, no País, apenas 108 municípios contam com este tipo de legislação. “O andreense valoriza e cobra cultura. É qualidade de vida para o munícipe”, reforça.

“(Agora) Temos diretrizes, objetivos e ações para chegar nas metas”, explica Simone. A responsável pela pasta diz ainda que se trata de um plano contemporâneo e que, entre as 55 metas impostas pelo documento, estão ‘valorizar as expressões artísticas e manifestações culturais do município’, além de ‘identificar, preservar e divulgar o patrimônio cultural do município’.

Outra coisa que há no plano é a garantia de manutenção e reforma de equipamentos. Segundo Paulo Serra e Simone, os teatros Carlos Gomes e Conchita de Moraes, ambos com necessidade de cuidados, são prioridade. “Os equipamentos entram (no plano) de forma geral, mas sabemos que os andreenses e nós também temos um sentimento especial por esses aparelhos”, disse Paulo Serra.

O prefeito aproveitou para dizer que o Paço espera receber um empréstimo de R$ 30 milhões junto à Caixa e que a tratativa está bem perto de acontecer. “Estamos otimistas”, disse. O valor será destinado exclusivamente para reforma dos equipamentos da Secretaria de Cultura.

O documento garante, entre seus objetivos, a descentralização de atividades – algo que a Prefeitura já vinha fazendo antes mesmo de ter o plano aprovado –, fomentar as atividades artísticas, expressões e manifestações culturais do município, e ampliar as possibilidades de participação da população na vida cultural, além da formação de público, por exemplo.

Simone lembra que Santo André já contava com Fundo e Conselho de Cultura. “Faltava a cereja do bolo, que é o plano”, celebra. A secretária conta que tudo começou a ser elaborado em 2015 e que o resultado é reflexo de reuniões com a população, das conferências de cultura. Segundo ela, as metas foram revisadas pelo conselho e depois enviadas para aprovação na Câmara dos Vereadores.

Ela diz ainda que os produtos artísticos pagos pela Prefeitura e materiais de acervo das escolas livres da cidade, ganharão versão digital, para que a população tenha acesso. “As pessoas desconhecem essa produção”, afirmou.
 




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