Violência para que mesmo?

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Marcela Munhoz

Em 2017, a cada 20 horas um LGBT foi morto de forma violenta no Brasil. Uma a cada quatro brasileiras sofre violência obstétrica. Quase 70% dos macacos mortos no Rio foram vítimas de violência. Esses dados absurdos estão espalhados nas reportagens desta Dia-a-Dia. Todos têm algo em comum: a violência humana. A Organização Mundial da Saúde define o termo como 'uso intencional de força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico, maldesenvolvimento ou privação'.

Usar a agressividade, seja ela física ou psicológica, contra qualquer outro ser nos faz violentos, independentemente dos motivos que nos levam a praticar tal ação. E a violência é algo que acompanha a sociedade desde sempre, alguns a enxergam como algo legítimo até, de sobrevivência. Apenas recentemente a violência contra mulheres e crianças, por exemplo, saiu da esfera privada para a pública. E se não está punindo como deveria, está indignando ao menos.

A mudança, mesmo tímida, só está acontecendo porque o medo tem perdido força para a coragem e as vítimas da violência estão denunciando, colocando um basta. A música está dando voz aos oprimidos (leia mais em reportagem na página 26) e finalmente está se colocando em xeque a violência sofrida pelas gestantes (na página 30). Até os macacos estão sendo massacrados pela imbecilidade humana (na coluna Pet é Pauta).

A sociedade reproduz a violência em diferentes modos. Não é raro ver a mesma pessoa acenar para forma solidária em casos de comoção e, em outros, agir com extrema agressividade, incluindo a verbal. A explicação? Muitos educam os filhos a responder uma agressão com outra agressão. Estou errada? Treinar a paciência diariamente, começando dentro de casa, faz parte da cultura de paz e deve ser função de cada um de nós, em todos os aspectos da vida. Pense nisso enquanto lê a Dia-a-Dia, que também traz matéria com Marina Ruy Barbosa, um especial sobre a hora da morte e dicas para cuidar da lavanderia.

 

Boa leitura!




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