Atendimento gratuito

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Marcela Munhoz

A luta por políticas públicas para os animais está sendo levada mais a sério. Passou da hora. Mas, sim, é preciso comemorar sempre. Em 12 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro, por meio de decreto, determinou a criação de departamento específico para cuidar de temas relacionados aos pets, especialmente cães e gatos. Trata-se da Coordenação Nacional de Proteção e Defesa Animal, vinculada à Secretaria da Biodiversidade, subordinada ao Departamento de Conservações de Espécies.

A criação da coordenação era promessa de campanha de Bolsonaro nas eleições em 2018. O então candidato garantiu que seu governo teria secretaria específica porque “os animais merecem respeito”. O deputado estadual Romero Albuquerque (PP) foi quem levou a proposta à Brasília. De acordo com o político, a medida vai destravar problemas antigos, como aumentar a punição para quem comete maus-tratos. Questões como acesso a atendimento gratuito também vão entrar na pauta da coordenação.

O primeiro hospital veterinário público no Brasil foi aberto em setembro de 2012 no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Já foram atendidos cerca de 500 mil animais desde então. Mas e no Grande ABC? Quando os equipamentos de saúde animal serão realidade? Segundo a Prefeitura de Santo André, logo. A gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB) conseguiu recursos no fim de agosto para tocar o hospital veterinário gratuito, que será construído ao lado do Parque Central e receberá investimento de R$ 2 milhões. O local, ainda sem data de abertura, terá duas salas cirúrgicas, quatro consultórios, salas de pré e pós-cirúrgico, internação, cadastro de adoções, laboratório, sala de coleta, banho e tosa. A parte clínica oferecerá ultrassonografia, ecocardiograma, radiologia, laboratório de análises e terá capacidade para oito cirurgias e 120 consultas por dia.

A USCS (Universidade Municipal de São Caetano), por meio do seu curso de medicina veterinária, também prevê hospital próprio, a ser utilizado no decorrer do curso, por conta da necessidade das atividades práticas dos alunos, como cirurgias. De acordo com a instituição, “o local já está praticamente definido”. Deve ser no Centro da cidade, próximo ao campus correspondente.

Em São Bernardo, segundo a Prefeitura, a estrutura do hospital veterinário municipal está sendo parcialmente utilizada pela equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para castrações, assim como o Castramóvel, que realiza cirurgias com estrutura itinerante. Ainda conforme o Paço, “o chamamento público para escolha da organização da sociedade civil que irá realizar os atendimentos de forma permanente foi postergado devido à pandemia. Quando o processo for finalizado, o equipamento terá consultórios, salas de centro cirúrgico, enfermarias, laboratórios, salas de raio-X e de exames de imagem”.

Mauá é conhecida pela Upaa (Unidade de Pronto Atendimento Animal), inaugurada em 7 de dezembro na Vila Bocaina (Rua Almirante Tamandaré, 191). Já foram realizados 8.146 atendimentos de baixa complexidade. São cerca de 80 a 100 ‘pacientes’ por dia. Para cadastro de castração, atendimento de andamento de maus-tratos e entrega de guias o funcionamento é das 8h às 17h.

Ribeirão Pires reforçou o serviço gratuito de castração. “A ação foi suspensa por conta da pandemia, mas está sendo retomada. As cirurgias são agendadas. Para participar, o morador deve se inscrever junto à Prefeitura.” Diadema não tem projetos e Rio Grande da Serra não respondeu. A propósito: dia 9 é Dia do Médico Veterinário. Parabéns a todos os profissionais que dedicam a vida aos bichinhos!

 



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