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Conta de luz terá bandeira amarela no mês de maio

Redução de chuvas resulta na elevação do uso de termelétricas, que são mais caras

Das agências
26/04/2025 | 08:19
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FOTO: Joédson Alves/Agência Brasil


A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu ontem implementar a bandeira tarifária amarela nas contas de energia no mês de maio. Com isso, os consumidores terão custo extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. 

Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, por causa das condições favoráveis de geração de energia no País. Segundo a Aneel, a mudança ocorreu devido à redução das chuvas, com a transição do período chuvoso para o período seco do ano.

“Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara”, explicou a Aneel. 

BANDEIRAS

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN (Sistema Interligado Nacional) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. 

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 kWh consumidos.

O anúncio veio em linha com a previsão da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), que já projetava, no mês passado, a bandeira tarifária amarela em todos os cenários avaliados. 

A piora nas expectativas de chuvas fizeram com que a possibilidade de acionamento da bandeira tarifária fosse projetada em modelos matemáticos dos especialistas que acompanham o tema.

Mês a mês o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) considera o custo variável da produção de energia, como a disponibilidade de recursos hídricos, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras. A arrecadação via bandeira tarifária paga os custos adicionais.

Com a seca histórica no segundo semestre de 2024, a Aneel havia acionado a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em setembro – pela primeira vez em mais de três anos.

Além do risco hidrológico, outro gatilho para o acionamento da bandeira mais cara no ano passado foi o aumento do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças) – valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.




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