O padre são-bernardense João Aroldo Campanha, 64 anos, que atua na Diocese de Santo André, foi confessor do Vaticano por 21 anos e participou do traslado do Papa João Paulo II, que ocorreu em 8 de abril de 2005
O padre são-bernardense João Aroldo Campanha, 64 anos, que atua na Diocese de Santo André, foi confessor do Vaticano por 21 anos e participou do traslado do Papa João Paulo II, que ocorreu em 8 de abril de 2005. Por tradição, os frades confessores caminham, em torno do caixão do pontífice, enquanto o corpo exposto é carregado em direção à Basílica de São Pedro, onde João Paulo II foi sepultado. Acompanham ainda o ritual os cardeais e também os monsenhores.
Durante o traslado, que dura cerca de 30 minutos, é rezada a Ladainha de Todos os Santos. “É uma situação emocionante e ao mesmo tempo um momento de fé. O povo católico ama e venera o papa, e o João Paulo era muito amado”, reflete o padre. “Durante o período em que o corpo estava sendo velado, nós confessores tínhamos que ficar rezando duas horas por dia, uma hora de manhã e outra de noite. Íamos revezando porque o tempo todo tinha que ter alguém rezando por ele na Brasília de São Pedro, que ficava aberta das 5h até as 2h. Vinham alguns frades de fora nos ajudar também”, lembra.
João Aroldo Campanha entrou para o seminário, em 1982, no Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André. Fez teologia e, em 1988, foi ordenado padre. Dois anos depois foi para Roma cursar mestrado em Cristologia, na Faculdade São Boa Ventura. “Retornei para Santo André, onde fiquei de 1992 a 1995, quando retornei para Roma para fazer o doutorado em Sagrada Teologia, na Faculdade São Boa Ventura. Quando estava lá, um dos confessores em língua portuguesa se aposentou e eu assumi a função”, conta.
Foram mais de duas décadas ouvindo cerca de 200 mil pessoas do mundo todo se confessarem, quando em 2017 pediu para entrar para a Diocese de Santo André, onde está até hoje. “Lá, nós conversamos em várias línguas, recebendo pessoas de diversos países. Eram cerca de 10 mil pessoas para cada um dos 13 confessores. Eu fazia em português, italiano, espanhol e inglês”, diz.
O padre João Campanha, durante este período em que esteve no Vaticano, morou em um convento próximo à Casa Santa Marta, onde morava o Papa João Paulo II.
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