Diversidade e inclusão dão o tom no CarnaCaps de Diadema

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Da Redação

A alegria vai invadir as ruas de Diadema, na tarde da próxima quinta-feira (8), com o CarnaCAPS, festa de carnaval promovida pela Prefeitura de Diadema e organizada pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município. O evento é aberto e vai promover a confraternização de todos: usuários, familiares, trabalhadores, amigos e população em geral.

Neste ano, o tema escolhido foi “Coloridade” e vai abordar as questões de diversidade humana e inclusão, de forma ampla. A apoiadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Heloísa Elaine dos Santos, pontua alguns dos contextos da diversidade: “de cultura, raça, cor, etnia, deficiência, gêneros, sexualidades e toda possibilidade de ‘ser humano. É dar voz fundamentalmente à inclusão de toda pessoa em sua singularidade e garantia de direitos e se posicionar contra toda forma de preconceito e discriminação”, avalia.

A concentração do bloco de carnaval tem início às 13h30, em frente ao Teatro Clara Nunes. A Banda do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Folia ficará responsável pelo repertório musical que vai animar os participantes. Por volta das 15h, o cortejo vai sair com o Grupo Bate Lata e percorrer a Rua Graciosa e Avenida Alda, em direção à Praça Castelo Branco, na região central.

O evento conta com a parceria das Secretarias de Cultura e Mobilidade e Transportes. Já estão confirmados representantes dos cincos CAPS, Espaço Colmeia, serviços de residência terapêutica, demais serviços da Secretaria Municipal da Saúde, Assistência Social e Cidadania e Conselho da Pessoa com Deficiência.

INCLUSÃO

Na avaliação de Entony Henrique de Campos Santos, usuário do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Norte, o evento traz visibilidade porque as pessoas estão na rua e são vistas. "Falar sobre o tema é dar voz a essa população. As pessoas falam de inclusão, mas nem sempre isso acontece na prática. Lembro de, na escola, querer participar de uma peça de teatro, mas quando fui participar, disseram que não tinha mais vaga. Eu fui excluído", relembra. "Se a pessoa ver e falar um pouco sobre o tema e a música (composta pelos usuários para exclusivamente para o evento), já é importante”, afirma.

“Me senti incluído aqui, quando escolheram a minha sugestão de tema para o carnaval. Pensei em várias pessoas, autistas, com paralisia e que precisam de cuidado em saúde mental”, conta com alegria. Cada serviço da RAPS adotou uma cor para confecção da decoração carnavalesca. “A do CAPS Norte é azul”, garante.

Entony também foi um dos principais compositores da música que aborda o acolhimento no serviço de saúde e a transformação quando a comunidade inclui. Com os versos “Aqui vai dando tudo certo / porque o afeto age mais que remédio”, a canção exprime o sentimento vivenciado por ele e pelos colegas no CAPS.




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