Recuperação do SBT reclama por investimentos no jornalismo e esporte

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Flávio Ricco

Agora que a poeira baixou um pouco, vale colocar as coisas às claras, para evitar incômodos, que sempre são prejudiciais e não provocam conflitos ou comprometem até mesmo a verdade.

 
O SBT ocupou a vice-liderança de audiência até o começo de 2020, a partir do início da pandemia. Um momento em que o público em geral passou a ver na televisão a melhor fonte de informação para tomar conhecimento de tudo o (que) estava (acontecendo) no mundo e aqui, de forma particular. O seu jornalismo não estava convenientemente preparado para isso.
 
E foi aí que a Record, muito melhor aparelhada e mais atuante, aqui e lá fora, passou a ser mais buscada pelo telespectador. Uma audiência que, desde lá até agora, o SBT não conseguiu recuperar.
 
Também foi neste mesmo período, como causa e efeito, que o seu departamento comercial deixou de conquistar os mesmos resultados que tinha antes.
 
O sucesso de uma televisão depende diretamente de uma série de fatores, que podem até ter pesos diferentes, mas são fundamentais no momento de fechar a conta.
 
Para se colocar em condições de competitividade, nenhuma TV aberta pode prescindir de algumas condições que são essenciais, como programação diversificada, produção forte e talentos capazes de fazer a diferença.
 
No entretenimento, ok. O SBT até que vai bem, mas a sua dramaturgia não mais, assim como faltam maiores investimentos no jornalismo e esporte, pilares fundamentais de toda grade que se preza.
 
E foi tudo que levou a Record ao segundo lugar, posição que ela ainda permanece.
 
TV tudo

E aí acontece isso
 
Longe de querer discutir critérios e até mesmo a necessidade do SBT promover demissões na altura que foram realizadas. Antes de tudo, contratar e dispensar também é um direito que cabe a qualquer empresa.
Mas se tem um caso que chama atenção é o da Kallyna Sabino. Foi a terceira vez dela, seis meses depois da sua última contratação, prova, provada, da fragilidade da direção do seu jornalismo. 
 
Meio assim
 
A chegada da CNBC, mas pode me chamar de Times, do jeito que vem acontecendo, não chega a ser uma total decepção. Mas quase. No ar, desde o primeiro momento, passa a sensação do improviso. De muita coisa a se fazer e corrigir.
 

Antes de tudo
 
Entrar no ar, depois de um período de longos preparativos, só com a Claro e o YouTube, nos parece o primeiro erro de princípio. Já que se esperou tanto tempo, por que não começar com tudo mais ajustado, principalmente poder contar com todas as operadoras? Programação ainda com VTs longos, sonolentos e cabeças frias.
 
 
Quando eu digo
 
Muito mais que a Bandeirantes, de tantas glórias e tradições, hoje a BandNews é a menininha dos olhos, a que merece melhores atenções da sua direção. Inclusive, quando tem Copa do Mundo e Olimpíada é a que sempre leva um maior número de pessoas. Mas assim como sempre fez, simplesmente esquece que o Santos existe. Desde os seus antigos tempos de Série A, menos ainda durante a sua jornada na Série B. Domingo foi o jogo do título e nada.
 
 
Começar de novo
 
A Record planeja gravar quase que simultaneamente as séries Paulo e O Senhor e a Serva, incluindo parte do elenco do spin off na possível locação internacional. O pessoal já espera também por atrasos nesses trabalhos. Motivo: depois de três meses de pré-produção, foi cancelada a viagem para o Marrocos. Agora, começar tudo de novo. Outro planejamento. 
 
 
EUA
 
Pela primeira vez, a Jovem Pan vai ancorar diretamente dos Estados Unidos, durante um mês, o programa Jovem Pan Internacional. Missão destinada ao correspondente Eliseu Caetano, enquanto o titular Fabrizio Neitzke cumpre férias. Começa no próximo sábado.
 

Pegou por aí
 
Paula Fernandes, cantora, em recentes declarações, tem dito e repetido que nunca foi antipática. E que já cansou de carregar essa fama. Total razão: deve ser aborrecido mesmo. Mas por que tal situação? Será que não foram as dificuldades criadas num passado não tão distante? Ou coisas das pessoas que falavam por ela? Vamos criar a campanha para ajudar a Paula a descobrir: culpa de quem? 
 
Por último
 
No ‘ao vivo’, a Times, CNBC ou CNBC Times, parece ter contratado o mesmo responsável pelas tarjas da TV Jovem Pan. Um erro atrás do outro. Tudo bem que é um começo, mas são detalhes que num canal de jornalismo não se pode admitir.
 
Bate-Rebate
 
- Em relação ao Bem Brasil, por enquanto é isso, uma edição comemorativa na TV Cultura, dia 24.
- Mas, não se pode descartar a possibilidade de outras edições.
- O programa marcou época, e a iniciativa do especial foi muito elogiada pelo público.
- O Tô Nessa!, comédia da Regina Casé, volta ao ar no próximo domingo.
- Ficou ausente neste último devido ao Circuito Sertanejo.
- Aline Pacheco, ex-Record, e Monica Sanches, ex- Globo, acertaram com a CNBC para a cobertura do G20.
- A exemplo de Flávia Jannuzzi, elas poderão ser convocadas futuramente para novos trabalhos.
- A BandNews FM, que já é muito forte e estruturada no Rio, ainda ‘importou’ de São Paulo a repórter Sheila Magalhães para a cobertura do G20.
- Acabo de receber O Dia em que Conheci Brilhante Ustra, livro do jornalista Alex Solnik, lançamento da Editora Geração.
- Se alguém não sabe, Solnik foi desde sempre um respeitado repórter e um dos melhores entrevistadores.

C’est fini
 
Sobre tudo que se tem dito a respeito de “Mania de Você”, a confecção de uma novela envolve uma série de pesquisas. E está “na cara” que a população do Brasil envelheceu, principalmente o povo que assiste. Portanto, não se pode entregar uma história apenas para atores de “Malhação”. Com todo respeito. Pode sair mais barato, mas olha o que dá. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!
 
Colaborou José Carlos Nery



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